Minissérie global é adaptação da obra do maior escritor brasileiro às telas.
No ano de centenário da morte de Machado de Assis, Luiz Fernando Carvalho materializa a trama "Dom Casmurro", que povoa a mente de leitores por todo o mundo, com um elenco e produção extremamente respeitáveis. Colocar em palavras o visual deslumbrante que vimos na tela é difícil. Para começar, vale ressaltar o figurino de época de todos os personagens que nos faz acreditar que realmente saíram de dentro do livro. O cenário é tão espetacular que parece saído de algum musical americano. Dispensa mais comentários. Outro ponto extremamente interessante que ainda serviu para poupar o trabalho dos contra-regras foi o uso de cenários modernos como o metrô ou uma rua carioca com muros pichados, criando um contraste entre o passado e o contemporâneo.
Em relação ao elenco, podemos dizer que foram muito bem escolhidos, principalmente em relação à Letícia Persiles(Capitu jovem),Michel Melamed (Bentinho adulto) e Antônio Karnewale(José Dias). Em relação a César Cardadeiro, que interpreta o protagonista adolescente, não acho que o ator tenha demonstrado tanta maturidade para interpretar o papel. Outro ponto que vale ressaltar é que apesar de Maria Fernanda Cândido ser uma ótima atriz e lembrar sim a dissimulada Capitu, não conseguiu manter a personalidade e encanto da personagem no mesmo nível em que a bem menos experiente Letícia o fez. Aliás, a semelhança da atriz com a cigana oblíqua imaginária é incrível. Encontramos também o narrador da história, Bentinho, sendo interpretado pelo talentoso Michel Melamed. Entretanto, sua atuação às vezes chega a ser tão carregada que temos dificuldade de entender o que fala. Mesmo assim, com um personagem construído com uma patetice excessiva na velhice, conseguiu mostrar que é competente. Entre belas ou carregadas atuações, a que mais se destaca é a de Karnewale, o agregado José Dias.
A trilha sonora não deixa de impressionar: rock, músicas clássicas e a música "Elephant gun" formam a principal sinfonia que ouvimos durante a macrossérie. Caiu muito bem.
Entre tantos elogios também encontram-se lados negativos. Talvez em algumas partes sobra ...pretensão. A tentativa de criar um deslumbramento em certas cenas por meio de trilhas sonoras fortes, atuações bizarras ou outros truques faz a trama perder a simplicidade e o telespectador encontrar o tédio. A rapidez de acontecimentos, diálogos corridos e excesso de imagens em alguns momentos dificulta o entendimento do público que não leu o livro. Ora, mas depois de tanta coisa dita (escrita?), tenho o dever de dizer que toda a equipe trouxe à televisão uma das mais lindas minisséries adaptadas.
domingo, 14 de dezembro de 2008
MINISSÉRIE - Capitu
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
É verdade Henrique...Gostei mto do cenário,do figurino e a atuação da Letícia Persiles foi mto boa que ficou do jeito q eu imaginava a Capitu mesmo.
Ótimo seu post!
Relmente essa minisserie da Globo foi bem positiva, eles conseguiram se superar, acho que igual a essa foi somente A Casa Das Sete Mulheres, porem essa teve elementos sem precedentes na televisão brasieleira, como a interpretaçao dos atores ja destacado no post e principalmente como conseguiram passar o mundo fantasioso em que Bentinho ja se encontrava naquela fase da vida.
great [H.S]
Henrique estou vendo suas falas sobre tudo ,como ficou bom ok valeu,parabens
HENRIQUE as palavras acima de grande valor ok
jansina esta aqui e nao quer falar nada ,mas achou muito interessante todos os resumos dos filmes, o Pedro mandou um abraço
desculpe pelo nome errado janaina
Postar um comentário