No ano de 1928, Christine Collins deixa seu filho, Walter, de 8 anos, sozinho em casa e vai ao trabalho. Quando retorna, percebe que seu filho desapareceu e assim começa a luta pra reencontrá-lo. Um tempo se passa e a polícia lhe devolve um garoto que diziam ser seu filho, mas ela nega, começando uma guerra contra o Departamento de Polícia de Los Angeles. Tudo isso é uma história real, e quando o filme terminar, você vai duvidar disso de tão brutal que a trama é.
"A Troca" não é somente a luta de Christine para reaver seu filho. É mais uma luta para desmascarar e enfrentar a corrupta polícia de LA que faz de tudo para afirmar seu poder na cidade. De início, a história é sim somente sobre o desaparecimento do garoto, mas a partir do momento que os policias vão se mostrando mais pilantras, outros elementos e personagens aparecem, resultando num filme de quase 3 horas de duração no qual é impossível distinguir o início, o meio e o fim. Esse foi o ponto fraco do filme: não conseguiu manter a história forte no filme todo, como foi no começo. Encontramos a solução do caso do desaparecimento de Walter bem antes do final do filme, e assim o foco passa a ser outro(s). Quando você acha que terminou tudo, lá vem mais sofrimento. Essa mudança de foco não acontece só uma vez e faz o filme ficar levemente cansativo e longo demais. Porém, nem de longe ruim!
Clint Eastwood contou a bela história sem grandes inovações, sendo que a arma que prende o espectador é a emoção. A força da personagem em enfrentar os figurões da cidade e a dor da possível morte do filho é belamente interpretada por Angelina Jolie e as cenas onde seu desespero é ignorado o silenciado são desconcertantes. Das concorrentes ao Oscar de Melhor Atriz, só vi Kate Winslet em "O Leitor", mas sem dúvida Angelina foi melhor, mostrando-se espetacular nas cenas dramáticas. Tais cenas são as melhores do filme e são de partir o fígado.
Na história são discutidas várias questões como a verdade perdida em meio à mentira e pilantragem (pra quem achava que isso não existia fora do Brasil...), a difícil busca pela justiça numa cidade dominada pela intimidação policial e a esperança, o único combustível de Christine. Vê-se que é bem cheio de clichês, mas não importa. "A Troca" é a definição de um drama: feito para emocionar e te fazer subir pelas paredes de tanta aflição.
domingo, 24 de maio de 2009
A Troca
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3 comentários:
nso curto muito drama, mas pelo fato de noa ter um roteiro muito bacana,,,já dispenso ele.... tem critica sobre "o homem que desafiou o diabo"?
vou seguir seu blog,ele não fala só de blockbusters que estão em cartaz,mas de classicos
Jolie é linda... só não gosto muito dela atuando...rs.
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