Carl é daquele tipo que após uma decepção amorosa se recolheu no seu mundo solitário e tenta evitar ao máximo qualquer oportunidade que surge na sua vida. Ele é o homem do não. Quando participa de uma palestra de auto-ajuda, decide dizer sim a tudo na sua vida, mudando sua vida completamente.
Finalmente assito uma comédia porque há muito tempo não rio vendo filmes. "Sim, senhor" traz o mestre da comédia, Jim Carrey fazendo um ótimo trabalho com sua atuação hilária e, junto com a linda Zooey Deschanel, que interpreta sua nova amada no filme, forma um casal bem carismático. O roteiro, é claro, não é nada surpreendente, sendo que só de ler a sinopse você consegue prever tudo que vai acontecer no filme. A fórmula é a mesma: apresentação do personagem e seu fracasso, sua mudança de estilo de vida, as consequências de tal mudança (incluindo um novo amor), e a lição de vida no final. Contudo, comédias são feitas para provocar gargalhadas e essa conseguiu, embora não muitas. Destaque para a cena do encontro dele com Allison após ter passado a noite toda em raves bebendo Red Bull. Com certeza não é o melhor filme de Carrey, mas é um bom entretenimento de qualquer maneira. Preciso ver mais comédias, alguém tem sugestões?
domingo, 31 de maio de 2009
Sim, senhor
sábado, 30 de maio de 2009
O Passado
Hector Babenco, diretor de "Carandiru", leva às telas esse drama de roteiro denso e inesquecível.
Ramini e Sofia formam um casal junto há 12 anos e que agora se separa, trazendo sérios problemas a Ramini por causa das perseguições da ex-mulher. Nem de longe "O Passado" é uma história de ciúme doentio pois seu roteiro é bem mais complexo do que esperamos. O casal é uma personificação de vários outros reais, que estão a nossa volta e passam pelos mesmos problemas, principalmente quando sua história não dura até que a morte os separe.
O personagem principal do filme é o passado. O passado onde Ramini e Sofia viviam casados unidos pelo amor que parecia ser eterno. Depois da separação temos mais dois personagens principais: os dois divorciados. De um lado temos um tradutor viciado em cocaína e que depois de ter se separado da mulher foge de qualquer jeito do passado, ignorando a ex-mulher e as fotos do casamento. Do lado oposto temos ela e suas apelações para que Ramini resolva as situações pendentes e os compromissos que qualquer relacionamento, mesmo que acabado, exige. Sofia vai fazê-lo aprender a lição, custe o que custar.
Podemos definir o filme como feminista tendo em vista que o homem foi personificado como o indiferente e descompromissado com os sentimentos alheios e a obra agradará todas as mulheres, que agora têm sua vingança através da personagem Sofia. Assim, a mulher ensina Ramini por dolorosas lições que não adianta fugir do passado porque ele sempre estará lá e enquanto ele não aprender a conviver com ele, sua vida não continua. Gael García Bernal e Analía Couceyro se saíram muito bem nas interpretações desses papéis complicados que não trazem uma vítima e um vilão. São simplesmente ex-amantes presos no...passado. A personagem de Analía, Sofia, é ainda mais complicada pois não sabemos se ela está maluca ou se está simplesmente sendo forte o bastante para agir contra a indiferença do ex-marido e sua atitude evasiva em relação ao seu relacionamento. O história traz uma crítica a todos que brincam com sentimentos de outros e que mesmo sem se dar conta, destroem suas vidas e o casal do filme é representação de todos esses relacionamentos no qual há um amando e o outro ignorando.
Todas essas mensagens estão escondidas e por isso a história não se torna clichê. A trama deixa pontos que podem ser explorados de uma maneira diferente por cada espectador, um ótimo trabalho do diretor. Muitas cenas trazem metáforas e diálogos que dependem da sua percepção para ser desvendados e tudo isso com uma fotografia muito bem montada e a trilha-sonora de violino que traz uma interessante melancolia às cenas. Como toda a trama, várias cenas e diálogos são secos e "quentes", o que nos faz ficar ainda mais íntimos dos personagens.
Esse filme argentino é extremamente recomendável a todos que querem uma história para pensar e ter mais uma prova de como o cinema é mesmo apaixonante e poderoso.
domingo, 24 de maio de 2009
A Troca
No ano de 1928, Christine Collins deixa seu filho, Walter, de 8 anos, sozinho em casa e vai ao trabalho. Quando retorna, percebe que seu filho desapareceu e assim começa a luta pra reencontrá-lo. Um tempo se passa e a polícia lhe devolve um garoto que diziam ser seu filho, mas ela nega, começando uma guerra contra o Departamento de Polícia de Los Angeles. Tudo isso é uma história real, e quando o filme terminar, você vai duvidar disso de tão brutal que a trama é.
"A Troca" não é somente a luta de Christine para reaver seu filho. É mais uma luta para desmascarar e enfrentar a corrupta polícia de LA que faz de tudo para afirmar seu poder na cidade. De início, a história é sim somente sobre o desaparecimento do garoto, mas a partir do momento que os policias vão se mostrando mais pilantras, outros elementos e personagens aparecem, resultando num filme de quase 3 horas de duração no qual é impossível distinguir o início, o meio e o fim. Esse foi o ponto fraco do filme: não conseguiu manter a história forte no filme todo, como foi no começo. Encontramos a solução do caso do desaparecimento de Walter bem antes do final do filme, e assim o foco passa a ser outro(s). Quando você acha que terminou tudo, lá vem mais sofrimento. Essa mudança de foco não acontece só uma vez e faz o filme ficar levemente cansativo e longo demais. Porém, nem de longe ruim!
Clint Eastwood contou a bela história sem grandes inovações, sendo que a arma que prende o espectador é a emoção. A força da personagem em enfrentar os figurões da cidade e a dor da possível morte do filho é belamente interpretada por Angelina Jolie e as cenas onde seu desespero é ignorado o silenciado são desconcertantes. Das concorrentes ao Oscar de Melhor Atriz, só vi Kate Winslet em "O Leitor", mas sem dúvida Angelina foi melhor, mostrando-se espetacular nas cenas dramáticas. Tais cenas são as melhores do filme e são de partir o fígado.
Na história são discutidas várias questões como a verdade perdida em meio à mentira e pilantragem (pra quem achava que isso não existia fora do Brasil...), a difícil busca pela justiça numa cidade dominada pela intimidação policial e a esperança, o único combustível de Christine. Vê-se que é bem cheio de clichês, mas não importa. "A Troca" é a definição de um drama: feito para emocionar e te fazer subir pelas paredes de tanta aflição.
Pi
Minhas hipóteses:
1. Matemática é a linguagem da natureza.
2. Tudo a nossa volta pode ser representado e entendido através de números.
3. Se você esboçar esses números, surgirá um padrão. Por isso: há padrões para tudo na natureza.
A citação acima define o objetivo do personagem principal de "Pi", Max Cohen. Para ele, tudo é feito de números e padrões. Assim, tudo pode ser previsto desde que você descubra as leis numéricas que regem um sistema. Até as casas decimais do número Pi (3,14159265...), acredita ele (e vários estudiosos reais que estudaram esse número) , possuem um padrão. No filme, Max está trabalhando com o objetivo de descobrir o padrão que as ações da bolsa tomam, e assim tornar o futuro delas previsível. Apesar de o filme ter o nome do famoso e misterioso número Pi, ele não é o ponto central da trama. Porém, ele exprime perfeitamente os mistérios que a humanidade enfrenta com a matemática, tendo em vista que ninguém até hoje provou que o tal número segue um padrão numérico.
Na realidade, o mais importante na história é o número descoberto por Max quando seu computador enfrenta um bug e imprime na tela um algarismo de 216 dígitos, que de acordo com vários personagens é a essência de tudo no universo. No meio disso tudo, até judeus fanáticos aparecem na história pra tirar uma lasquinha da descoberta de Max, bagunçando ainda mais sua vida paranóica.
Sendo um monstro na matemática, é de se esperar que ele seja extremamente paranóico e bizarro também. O sofrimento do personagem é passado de um jeito bem interessante ao espectador com cortes de câmera, barulhos irritantes que estão na cabeça dele e suas crises bem desagradáveis. Quanto mais vai avançando no seu estudo pelos labirintos da matemática, suas crises vão se tornando piores, como se estivesse chegando a uma verdade que nós humanos ainda não estamos preparados para saber. A fotografia, a trilha-sonora eletrônica e a criatividade sem limites do diretor, como colocar um cérebro cheio de moscas para representar a dor de Max, cumprem seu papel de trazer perturbação, muita perturbação. O talento da produção é indiscutível, pois usou de equipamentos caseiros e baixíssimo orçamento para produzir o filme e mesmo assim conseguiu chegar a um resultado bem surpreendente, tecnicamente falando.
Quanto ao roteiro, traz elementos e curiosidades matemáticas legais , como a Proporção Áurea, mas o que mais chama a atenção é mesmo a parte técnica. A história começa muito bem, mas vai decaindo e termina de um jeito não muito satisfatório, mas pensando bem, era realmente a única saída. Ainda não estamos preparados para grandes e absolutas verdades.
"Pi" é sem dúvida um dos filmes mais diferentes e bizarros que já assisti (não mais que "Laranja Mecânica", claro), mas não sei o motivo de não ter mexido muito comigo...Acho que não sou tão nerd de matemática quanto o grupo que o filmou.
sábado, 23 de maio de 2009
A Lista - Você está livre hoje?
Um auditor é apresentado a um mundo secreto pertencente à elite de Nova York, que oferece aos seus participantes uma noite de satisfação sexual.
Quando li a sinopse desse filme, imaginei que seria uma história de ricões tarados procurando por sexo em uma rede de prostitutas e que o personagem principal, solitário e ingênuo, entrando nesse clube, ia se meter com mafiosos e outros tipos de figuras perigosas. Bem, eu acertei só pela parte do "solitário e ingênuo". O clube do sexo é formada majoritariamente por executivos bem-sucedidos (inclusive as mulheres) e tudo que eles têm que fazer para conseguir uma noite de satisfação sexual é discar para um membro da lista e perguntar: "Você está livre hoje?". É fácil perceber uma critica ácida à nossa vidinha moderna onde tudo é estável, fácil e mecânico. Em Nova York, os executivos atolados em trabalho e solidão veem pela janela a vida passando e, graças à falta de tempo, o único jeito de saciar sua carência sexual é por meio d'A Lista.
Pra mim, o filme tem duas partes. Na primeira, somo apresentados ao personagem principal, muito bem interpretado por Ewan McGregor, e sua solidão que também foi muito bem explorada pelo roteirista e diretor. Diga se aqueles prédios gigantescos de Nova York, cheios de janelinhas iluminadas não causam uma certa melancolia? É nessa parte também que ele descobre do clube do sexo em questão e se esbalda todas as noites, cobrindo provisoriamente sua solidão. Na segunda parte é onde começa a ação e o suspense do filme e por isso não me agradou muito, pois como muitos sabem, essa não é bem minha área. Pra mim, o roteiro pode ser chamado de "original" somente na primeira parte da história, pois na maior parte do enredo, não consegue escapar da mesmice que encontramos em filmes desse gênero. Nessa mesma fórmula contém: chantagem, refém, assassinato, revelações inesperadas (mas que você consegue prever em muitos casos), e dinheiro, claro. A estrutura da trama, referente à revelação inesperada que muda o curso da trama, é bem parecida com a do "Awake - A vida por um fio" e quem assistiu um dos dois sabe do que estou falando.
O final não traz nenhuma surpresa e talvez seja porque o diretor já tinha cansado de usá-las durante toda a história. Para ser generoso com os fãs de ação desse estilo, daria um 7,0 para "A Lista", porque acho que é uma boa recomendação para eles.
sábado, 9 de maio de 2009
LIVRO: A Ilha
Primeiramente, adianto que esse livro não tem nada a ver com o filme "A Ilha" que muitos já devem ter assistido.
O nome da ilha ficcional é Pala e situa-se em algum lugar do oceano Atlântico que eu não me lembro. O personagem principal é John Farnaby, que "por acidente" naufraga na ilha e assim passa a conhecer seus habitantes e sua cultura. Aldous Huxley constrói a ilha, em seu ponto de vista, nos moldes de uma sociedade utopicamente perfeita. Atacando os problemas de nosso mundo ocidental, ele faz com que os habitantes de Pala ajam de modo oposto, criando uma ilha livre das podridões as quais somos submetidos aqui.
Dentre os pontos criticados, os principais são: a religião, o Estado e o capitalismo. Pra mim, essas são as raízes de nossos problemas, pois nossas idéias, ética e moral atuais provêm deles. O escritor britânico tem total credibilidade para fazer tais julgamentos porque como observamos pelos seus outros livros, ele possui conhecimento em quase todas as áreas de estudo: biologia, sociologia, filosofia, política e religião. Apesar disso, muitas de suas idéias aqui parecem óbvias e nos dá a impressão que sua única ação inédita foi tê-las colocado num romance. Por esse motivo, ele não me surpreendeu tanto quanto o brilhante "Admirável Mundo Novo" que traz idéias pessimistas e originais de Aldous sobre o futuro da humanidade.
O livro quase não possui uma trama ficcional. Ela é simplesmente uma desculpa para as longas conversas entre os personagens que descrevem a ilha para o forasteiro e assim, sendo toda a história formada de diálogos entre Farnaby e os palenses, o livro é uma mera descrição de como funcionado a ilha perfeita. O conteúdo do livro lembrou-me um livro didático de sociologia, ou de alguma área que eu citei acima e esse é um dos motivos que ele se torna parado às vezes.
Algumas teorias de Aldous são simples e até óbvias, porém, há certos pontos bem complicados de se entender por exigiram conhecimento de várias áreas. Um exemplo são as partes em que os personagens discutem religião, que são um pouco confusas pela presença de elementos da cultura oriental e essa é exatamente a parte mais discursada na trama. Na verdade, há no livro muitas partes difíceis de entender completamente pelo mesmo motivo: diversidade de elementos incorporados.
Segundo o autor, a alta taxa de natalidade, a frustração sexual da população e a máquina capitalista são algumas variáveis da equação que resulta na nossa sociedade doente e essa última é o maior temor dos moradores da ilha que fazem de tudo para se manterem isolados da selva onde todos buscam dinheiro. Lá, além de a espiritualidade estar acima de tudo e agirem de maneiras bem diferentes, sua economia é quase subsistente.
Suas críticas aos nossos vícios e futilidades são tão ásperas que, junto com as outras várias, ele nos faz sentir vivendo num mundo totalmente perdido. Seu ataque ao cristianismo e à sua doutrina contraditória, simplista e tola, no mínimo o condenaria à fogueira se vivesse Idade Média.
Pala oferece a solução para todos os problemas da humanidade: alimento para os famintos, paz para os desorientados, conhecimento para os ignorantes, liberdade sexual, respeito e igualdade a todos, espiritualidade aos desequilibrados, etc. Os argumentos que seu criador demonstra no livro nos fazem perceber como nossa sociedade está doente e que isso é fruto do passado, da moral e de tudo criado pelos homens, e não uma condição que surgiu naturalmente. Leia "A Ilha" e sinta Pala jogando na sua cara nossa decadente situação. Nós criamos os sistemas e sofremos com eles. Admiráveis seres humanos...
sábado, 2 de maio de 2009
Um corpo que cai
Mestre do suspense nos presenteia com uma trama monótona e fraca. Peço desculpas aos fãs, mas é realmente o que eu acho.
John Ferguson é um detetive policial que, após presenciar um certo incidente, começa a sofrer de vertigem por medo de altura. Com o passar do tempo, é incumbido de seguir e vigiar a mulher de um amigo que parece estar espiritualmente (ou mentalmente) perturbada e possui tendências suicidas.Comentar esse filme é um tanto complicado, pois como não quero estragar algumas surpresas, não posso descrever as situações que vemos na tela. Mesmo assim vou tentar.
Após 30 minutos de "Um corpo que cai", você anseia por um elemento que dê à história algum tempero, de tão parada que ela é. Após mais algum tempo, você tem certeza que aquele é o tipo de filme onde haverá algum elemento surpresa, pois a trama é contruída tão obviamente que fica evidente que o diretor planejava alguma coisa para tentar surpreender o espectador. As cenas extremamente longas e sem conteúdo, como o detetive seguindo o carro da mulher, explicitam a vontade do diretor de construir uma história previsível e infantil.
Pois bem, após a reviravolta que até traz algum sentido ao filme (parecendo uma cópia barata do desfecho de algum romance de Agatha Christie), você acha que o filme chegou ao fim, mas estava só começando a segunda parte, que pode classificada como romântica. É nessa parte que o filme mostra algumas cenas até interessantes, mas nada que cubra a letargia dele como um todo. Devo admitir que Alfred foi original nas suas idéias de roteiro, mas o modo como o moldou deixou muito a desejar.
Como suspense, "Um corpo que cai" não faz nem cócegas, a não ser pela trilha-sonora que é legalzinha, como a famosa de "Psicose". Como um filme fonte para análises dos personagens, de seus atos e das cenas, você talvez encontre alguns pontos em que pensar. Resumindo: você precisa se esforçar bastante para encontrar o motivo de tamanha adoração dessa obra.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Operação Valquíria
Alemanha de Hitler, ano 1944. Com a derrota iminente do III Reich, vários generais alemães planejam matar Hitler e tomar seu lugar, para assim acabar com a era do terror implantado pelo Nacional-Socialismo. Coronel Stauffenberg, ou melhor, Tom Cruise é um deles.
O filme começa com Stauffenberg num campo de batalha, prestes a voltar para a Alemanha, escrevendo uma carta onde ele coloca seus pensamentos e a partir daí ele é o herói da trama: sua indignação com o massacre de judeus, a sensação de ter sido usado pelo Führer e sua insanidade, e sua vontade de acabar com aquela situação. Dessa maneira, com alguns aliados, ele começa a formar um plano para usar o próprio sistema de segurança do governo nazista, a Operação Valquíria, contra ele mesmo.
Boa parte da história é chata, principalmente o início, antes de colocaram as mãos na massa. Após colocarem o plano em ação, o filme se torna mais emocionante, pois estavam cometendo alta traição contra Hitler e sujeitos a serem descobertos a qualquer hora. Entretanto, como eu temia, as críticas que li e ouvi sobre o filme estavam certas: tudo parece ser um longa de ação americano sobre a luta entre vilões e mocinhos. Tenho certeza de que se o papel principal não fosse estrelado por Cruise, o filme entraria para a lista dos ignorados, assim como o recém-comentado-por-mim, "Uma mulher contra Hitler". À parte dos quesitos técnicos que são obviamente do nível de uma alta produção hollywoodiana, o roteiro não passa daquilo que eu escrevi acima. O adjetivo correto para o filme seria "sem graça". Talvez seja o fato de o protagonista ser um astro famoso que tenha, ao mesmo tempo, rendido altos lucros mas também feito com que o filme se parecesse como uma ação (ou um filme de guerra) ficcional, perdendo seu brilho.
"Operação Valquíria" emociona em alguns cenas e faz o espectador prender a respiração em outras, mas é tudo passageiro. A conspiração mostrada no filme foi a última das 15 com o objetivo de matar Adolf Hitler e pelo menos através dele nós visualizamos esse tipo de acontecimento que é ignorado pela história.