Em uma sessão de madrugada, fui ao cinema assistir "Love" 3D. Esperava muito, vi pouco.
Às vezes quando acabo de assistir a um filme, fico em dúvida se tive problemas com o trabalho de um ator interpretando um personagem ou se não gostei foi do personagem em si. Aconteceu isso quando saí dessa sessão. O personagem Murphy, interpretado por Karl Glusman, é um jovem pai casado com uma garota mais nova e que vive em Paris. Após receber uma ligação de sua ex-sogra falando sobre o sumiço de sua ex-namorada Electra, Murphy entra em uma crise nostálgica na qual traz à tona lembranças de seu intenso relacionamento com a moça e reencontra antigos sentimentos. É nesse contexto que acompanhamos a vida sexual e amorosa do casal, propiciando as cenas de sexo explícito como nunca tinha visto no cinema (digo, em uma sala de cinema).
Uma das críticas que tive com a obra já está nas entrelinhas do parágrafo anterior. A história de "Love" só serviu como uma desculpa para as cenas de sexo. Os monólogos chatíssimos de Murphy, e seus pensamentos narrados durante quase toda a trama fazem o filme se tornar chato e o personagem meio patético. Senti que a construção dos personagens foi meio mal feita, porque até nos tornarmos inteirados da história de amor de Electra e Murphy, já tínhamos assistido a longos minutos de lamúrias dele pelo fato da ex ter desaparecido. Pois bem, tive problemas com o personagem principal e também com a atuação de Glusman.
Os recortes feitos do relacionamento de Electra e Murphy, além de nos trazerem as cenas de sexo (ménage, sexo em diversos lugares, sexo em casa de swing, sexo oral, sexo sem penetração, etc.) traz uma dinâmica confusa dos dois. Murphy é um rapaz de amor fácil, pois declarou seu amor a várias mulheres no filme, mas é por Electra que ele sofreu mais. Noé não dá um fechamento à história e parece não escolher uma mensagem clara a respeito dos temas mais tratados no filme: sexo e amor. Lendo de uma forma schopenhaueriana, o que percebi foi a proximidade entre amor e sexo, como se ambos se fundissem, ao contrário do senso comum que quer separá-los. Onde há sexo, pode-se dizer que há amor. O amor não é mais especial que sexo, seria mais como outra forma de nomeação.
O que mais esperava do filme era as "belas cenas de sexo em plano aberto". Posso dizer que foram cenas bonitas, principalm
ente a cena do ménage, mas não tão impactantes quanto esperava. Em um momento senti que estava assistindo um filme do Lars Von Trier, devido à trilha-sonora parecida com a do "Melancolia" e aos planos parados de bela fotografia escura, como quadros renascentistas com jogos de luz e sombra. A trilha-sonora em geral foi de qualidade, alternando entra música clássica e ritmos eletrônicos.
Sendo o primeiro filme 3D que assisto na vida, devo dizer que em alguns momentos há umas ilusões interessantes, como quando Murphy solta a fumaça do cigarro e temos a sensação que ela invade a sala e quando ele ejacula na cara dos espectadores. Destaque também para as cenas que se passam em baladas.
"Love" é uma experimentação interessante, diferente, mas pelas atuações ruins e roteiro confuso e chato, tem suas qualidades de fotografia meio ofuscadas.
Às vezes quando acabo de assistir a um filme, fico em dúvida se tive problemas com o trabalho de um ator interpretando um personagem ou se não gostei foi do personagem em si. Aconteceu isso quando saí dessa sessão. O personagem Murphy, interpretado por Karl Glusman, é um jovem pai casado com uma garota mais nova e que vive em Paris. Após receber uma ligação de sua ex-sogra falando sobre o sumiço de sua ex-namorada Electra, Murphy entra em uma crise nostálgica na qual traz à tona lembranças de seu intenso relacionamento com a moça e reencontra antigos sentimentos. É nesse contexto que acompanhamos a vida sexual e amorosa do casal, propiciando as cenas de sexo explícito como nunca tinha visto no cinema (digo, em uma sala de cinema).
Uma das críticas que tive com a obra já está nas entrelinhas do parágrafo anterior. A história de "Love" só serviu como uma desculpa para as cenas de sexo. Os monólogos chatíssimos de Murphy, e seus pensamentos narrados durante quase toda a trama fazem o filme se tornar chato e o personagem meio patético. Senti que a construção dos personagens foi meio mal feita, porque até nos tornarmos inteirados da história de amor de Electra e Murphy, já tínhamos assistido a longos minutos de lamúrias dele pelo fato da ex ter desaparecido. Pois bem, tive problemas com o personagem principal e também com a atuação de Glusman.
Os recortes feitos do relacionamento de Electra e Murphy, além de nos trazerem as cenas de sexo (ménage, sexo em diversos lugares, sexo em casa de swing, sexo oral, sexo sem penetração, etc.) traz uma dinâmica confusa dos dois. Murphy é um rapaz de amor fácil, pois declarou seu amor a várias mulheres no filme, mas é por Electra que ele sofreu mais. Noé não dá um fechamento à história e parece não escolher uma mensagem clara a respeito dos temas mais tratados no filme: sexo e amor. Lendo de uma forma schopenhaueriana, o que percebi foi a proximidade entre amor e sexo, como se ambos se fundissem, ao contrário do senso comum que quer separá-los. Onde há sexo, pode-se dizer que há amor. O amor não é mais especial que sexo, seria mais como outra forma de nomeação.
O que mais esperava do filme era as "belas cenas de sexo em plano aberto". Posso dizer que foram cenas bonitas, principalm
ente a cena do ménage, mas não tão impactantes quanto esperava. Em um momento senti que estava assistindo um filme do Lars Von Trier, devido à trilha-sonora parecida com a do "Melancolia" e aos planos parados de bela fotografia escura, como quadros renascentistas com jogos de luz e sombra. A trilha-sonora em geral foi de qualidade, alternando entra música clássica e ritmos eletrônicos.
Sendo o primeiro filme 3D que assisto na vida, devo dizer que em alguns momentos há umas ilusões interessantes, como quando Murphy solta a fumaça do cigarro e temos a sensação que ela invade a sala e quando ele ejacula na cara dos espectadores. Destaque também para as cenas que se passam em baladas.
"Love" é uma experimentação interessante, diferente, mas pelas atuações ruins e roteiro confuso e chato, tem suas qualidades de fotografia meio ofuscadas.
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