Drama poderoso e simples. Do jeito que um filme desse gênero deve ser.
Decidi assistir esse longa graças à sua direção. Tendo assistido outros dois filmes de Lars Von Trier ("Anticristo" e "Dogville"), já tinha uma noção de seu estilo de trabalhar. Como nos outros dois, esse tem como principal característica a falta de recursos cinematográficos mais complexos. Toda a filmagem é feita com uma câmera sem tripé, cuja inquietação faz as cenas se tornarem incrivelmente reais. Como num vídeo caseiro, a câmera anda entre os personagens dando uma ampla noção de espaço, fazendo o espectador ser um participante da trama.
O roteiro é extremamente original e cativante. Selma Jeskova é uma imigrante da Tchecoslováquia que mora nos Estados Unidos para juntar dinheiro para fazer uma cirurgia nos olhos de seu filho, que pode ficar cego a qualquer momento. Com muito trabalho e lutando contra sua própria perda gradativa da visão, está prestes a conseguir o dinheiro suficiente quando ele é roubado. A partir daí, a história torna-se ainda mais dramática. Além disso, a personagem é uma admiradora de musicais, pois como ela diz, neles não há tragédia. Dessa maneira, sua história é mesclada com cenas musicais, partes de sua fantasia para fugir da realidade. Entretanto, essas foram as cenas que menos me agradaram e por isso prefiro ver o longa como um drama e não um musical. Sem algumas músicas penso que o roteiro fluiria melhor. Mesmo assim devo dizer que a música "I've seen it all" foi muito bem interpretada por Björk que, além de cantar, deu um show de atuação.
Filme brilhante, com roteiro original e um final extremamente emocionante.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Dançando no Escuro
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Um comentário:
Se for interessante feito Dogville, acho que vou gostar. Uma dica: coloque o país de origem do filme também. ;)
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