Pode até ter ganhado o primeiro Oscar para a Bósnia, mas não surpreende nada.
O filme se passa durante a Guerra da Bósnia, em 1993, e tem como cenário um trincheira onde se encontram um sérvio e dois bósnios (um incapaz de se mover pois está deitado sobre uma mina). Danis Tanovic reproduz sua visão da guerra, com seus vários personagens, como os combatentes, a ONU e a imprensa. Por esse lado, podemos até perceber uma originalidade, mas mesmo assim, o filme não consegue impressionar. As críticas feitas por ele em relação ao conflito são extremamente sutis, o que não me atingiu muito. Pode até ser agradável de se assitir, mas é aquele tipo de filme que após alguns minutos você nem se lembra.
domingo, 30 de novembro de 2008
Terra de Ninguém
sábado, 29 de novembro de 2008
Meu nome não é Johnny
Filme tem início chato mas supera expectativas no decorrer da trama.
A história, verídica,é sobre João Guilherme Estrella, preso em 1995 por tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Sua vida no mundo das drogas começa logo na adolescência, como usuário de susbtâncias ilegais. A partir daí, se envolve com o tráfico de cocaína e acaba passando de "peixe pequeno" para um dos grandes do ramo. O incrível é que ele não participava de nenhuma quadrilha, não era rico (pois gastava todo o dinheiro após ganhá-lo) e ainda era dependente químico de sua própria mercadoria. Era alguma coisa entre um viciado e um grande empresário do mercado negro.
A trama mostra desde sua infância até sua prisão. A parte inicial do longa tentou nos ajudar a conhecer o personagem melhor, mostrando sua vida familiar durante a juventudade, mas foi falha. Cenas curtas e sem importância dão ao espectador uma má primeira impressão. Contudo, após conhecer Sofia (a linda Cleo Pires), o enredo se torna mais agradável de se presenciar. Com certeza a responsável por isso foi o forte carisma e perfeita atuação de Cleo e Selton. Aliás, as melhores cenas são as que os dois estão juntos. Realmente me surpreenderam. Mesmo os personagens secundários, como a juíza, interpretada por Cássia Kiss, mostram que o diretor teve cuidado em escolher o elenco.
Em contraste com a perturbada vida de João, o roteiro traz sarcasmo e humor, como em um filme de Quentin Tarantino. Os diversos cenários por qual o personagem passa, de passeios de barco na Europa até a detenção num presídio e num hospital totalmente chocantes, traz mais emoção à tela.
Entre montes de pó branco e palavrões, o cinema nacional ganha mais um filme competente.
sábado, 8 de novembro de 2008
Chicago
Poucos filmes podem ser considerados completos para seu gênero. "Chicago" é um desses. Não falta nada. Não sobra nada.
Em plenos tempos do jazz e bebida em Chicago, Roxie Hart assassina seu amante e com isso vê seu sonho de se tornar uma estrela ir por água abaixo. Somente após ser presa é que percebe que em Chicago, o "crime também é uma arte" (como ela mesma afirma). Com a ajuda de Billy Flynn, o melhor advogado (e marketeiro) da cidade, ela começa uma competição contra Velma Kelly pela fama, reconhecimento da sociedade e por sua liberdade, é claro.
As duas principais encarnaram os papéis perfeitamente. As danças e as músicas não poderiam ser interpretadas melhor. Falando nisso, como musical, o que deve ser mais prezado são as músicas e em "Chicago", todas são excelentes e as coreografias são também de extremo bom gosto.
A simplicidade do cenário nos força ainda mais a apreciar o enredo e as músicas. Para um musical, o enredo é interessante e cria um ar de humor durante toda a trama.
Para quem realmente gosta do gênero ou mesmo para quem quer só ver as belas pernas de Catherine Zeta-Jones, é uma obra imperdível.
Fim dos tempos
Na região nordeste dos EUA, uma toxina liberada no ar (mais tarde descobrimos que é pelas plantas) gera uma onda de suicídios entre a população. Lendo assim, até parece que a trama é excitante, mas infelizmente, M. Night Shyamalan conseguiu escrever um dos piores suspenses que já vi.
Os filmes desse diretor ("A vila", "A Dama na Água", "O Sexto Sentido") mostram que ele possui coragem e ousadia para desafiar os críticos hollywoodianos. Em "A Dama na água" quando todos massacravam-no pelo mau-gosto, eu até gostei do filme. O mesmo não aconteceu com "Fim dos tempos". Percebe-se uma semelhança entre os dois: ambos têm personagens e enredo EXCÊNTRICOS. O problema é que nesse novo chega a ser ridículo.
Não se sabe o que é pior: as atuações ou os próprios personagens. O principal é o professor colegial, Elliot, que, junto com sua mulher e sua "recém-adotada" filha, fica fugindo dos ventos que trazem a maldita toxina durante todo o filme. Mark Wahlberg deve ser parabenizado por interpretar Elliot com uma atuação tosca, como aquelas encontradas em "Todo Mundo em Pânico" (a diferença é que nesse, elas são engraçadas). Soma-se a isso piadinhas escrotas que só te fazem pensar: "Que estou fazendo aqui?".
A intenção do diretor foi passar a visão de como somos nocivos à natureza e que ela agora, nos tem como seres tão prejudicias que chegam a desenvoler métodos para nos manter afastados. Assim como no filme, estamos nos matando cada vez que destruimos o meio-ambiente. O problema é como ele escolheu passar essa lição. Para mim, não passa de um suspense barato como "Guerra dos mundos", mas pelo menos este tem realmente suspense e bons efeitos especais. Além de ser péssimo em geral, a trilha sonora contribui para aumentar o nível de ridicularidade tentando criar um clima de terror onde não há.
Por todo o filme ficamos esperando algo de extraordinário acontecer. Mas nunca chega. A única coisa que merece elogios é o cenário e o tipo de filmagem que proporciona cenas bonitas. Só.