terça-feira, 14 de julho de 2009

Austrália

     
Nome original: Australia
Direção: Baz Luhrmann
Elenco: Nicole Kidman, Hugh Jackman
Gênero: Drama
Ano: 2009


     Filme com Nicole Kidman é o que podemos chamar de "bobinho".
     Sarah Ashley é uma aristocrata inglesa que se muda para a Austrália onde seu marido toma conta de uma fazenda de gado. Chegando lá, a responsabilidade da fazenda cai em suas mãos e ela enfrenta vários desafios como a vaguejada através do sertão, a Segunda Guerra Mundial, os aborígenes e seu romance com Drover, seu ajudante.
     Algumas partes do filme são narradas pelo personagem Nullah, um garoto aborígene que Sarah começa a cuidar depois que sua mãe morre. O clima de misticismo que colocaram em torno do garoto não combinou com o resto da história e a tornou ainda mais infantil. Quem não se cansou do menino dizendo a todo o momento : "Eu vou cantar para você me achar". Nos primeiros minutos da película, tudo, a não ser a atuação de Kidman e Hugh Jackman, é superficial. Como muitos filmes, optaram por carregar a história de humor bobo e com isso, a trama, que eu esperava ser mais densa, se tornou uma versão mamão-com-açúcar de Cold Mountain, onde também havia Nicole Kidman, uma fazenda e um amante distante, porém esse sim possui uma história envolvente. A única cena no início que merece comentário é aquela em que o canguru leva um tiro na frente de Sarah.

     O primeiro obstáculo que Sarah encontra, juntamente com seu futuro amado vaqueiro, é levar as 1.500 cabeças de gado até o cais para serem vendidos ao Exército e assim salvar a fazenda. Entretanto, o país vivia sobre um monopólio de carne comandado pela fazendo dos Carney que usam de tudo para impedir que cheguem ao seu destino. A partir dessa parte o filme se torna mais adulto, trazendo uma das melhores cenas que foi aquela da corrida para impedir que o gado caísse no penhasco. É mais ou menos nessa parte do filme que começa o relacionamente de Ashley e Drover e até nisso o roteiro foi falho. Para quem esperava que Austrália fosse um bom romance, ele decepcionou bastante. Ao contrário de Cold Mountain, onde o amor é tratado com bastante intensidade, aqui os dois mais pareciam um casalsinho vivendo uma paixãozinha de verão, e que ainda assim fica explícita em pouquíssimas cenas. Portanto, o filme de Baz Luhrmann não é um romance e nem um drama digno, pois em ambos os gêneros, poderia ser taxado de "superficial". Realmente não me dou bem com esse diretor, que também dirigiu Moulin Rouge (pff...).

     Após a parte da vaguejada, começa a parte da guerra. Drover se alista no exército e Sarah fica sozinha com o garoto "mágico" Nullah que mais tarde seria levado à força pela Igreja. Nesse interim, há o ataque dos japoneses na parte norte da Austrália, que rende a segunda melhor cena do filme pela qualidade técnica. Para finalizar, temos um desfecho totalmente clichê.
     Austrália é uma mistura de humor, romance, drama, misticismo aborígene, ganância, preconceito e tudo que possa ter acontecido naquela ilha. Uma miscelânea de temas tratados com infantilidade. Sinceramente não me emocionei com nada. Não fosse pelas atuações dos protagonistas e a boa qualide técnica (produção de US$120 milhões), seria um fracasso total.


Conceito: Regular

3 comentários:

Estêvão dos Anjos disse...

esse filme é ótimo, gostei msm dele.nossos blogs se parecem muito velho dá uma passada lá e bora linkar um ao outro.

www.sobrefilmeselivros.blogspot.com

Sandro S. Sorte disse...

Gostei muito da sua resenha, parabéns!!

Não assisti o filme, mas já tinha lido em vários meios que o filme era ruim mesmo!! Pena, gosto dos atores principais, mas de vez em quando eles aceitam fazer cada besteira!!
Assisti Cold Mountain- emocionante e envolvente do começo ao fim!!!!

Abraços e parabéns pelo bog!!

Euzer Lopes disse...

Bobinho?
Eu achei esse filme simplesmente brilhante.
Maravilhoso foi pouco!