domingo, 19 de abril de 2009

Uma mulher contra Hitler

     
Nome original:Sophie Scholl - Die Letzten Tage (Alemão)
Direção: Marc Rothemund
Elenco:Julia Jentsch, Fabian Hinrichs, Gerald Alexander Held
Gênero: Drama
Ano: 2008


     Esse filme acabou com meu domingo. O que espera-se de filmes passados na Alemanha Nazista é muita podridão, covardia e injustiça, mas esse, assim como "Olga", conseguiu me abalar mais do que os outros.
     Baseado em fatos reais, o filme conta a história da jovem Sophia Scholl que, junto com seu irmão e alguns amigos, formam o grupo universitário de resistência Rosa Branca que, dentre outras manisfestações, escrevem e divulgam panfletos anti-hitleristas. O conteúdo dos panfletos eram idéias de que a guerra já estava perdida para a Alemanha, que o Fünher estava promovendo um banho de sangue pela Europa, a defesa da liberdade e outras coisas que desmoralizavam o III Reich. Numa dessas ações, enquanto Sophia e seu irmão distribuíam os tais panfletos na universidade em que estudavam, são pegos e levados à prisão. Durante quase todo o filme, acompanhamos a jovem de Munique na cadeia enfrentando os interrogatórios e principalmente a ansiedade e o medo que antecedem o julgamento que pode resultar na sua condenação à morte.
     Cenas interessantes fazem o filme de alto valor para os que, como eu, se interessam pelos assuntos referentes ao nacional-socialismo germânico. As discussões entre os personagens ativistas e os nazistas,por exemplo, além de explicitar muito bem o ponto-de-vista de ambos os lados, demonstram como esses últimos estavam cegos pela ideologia que pregava o amor à pátria, tendo como principal arma o ódio. Muitos deles nem sabiam da matança de judeus e outras minorias. Outro ponto importante é que o longa mostra que nem todos os alemães estavam de acordo com o que Adolf Hitler pregava.
     "Uma mulher contra Hitler" é aquele tipo de filme que te deixa num estado de suspense perturbardor, como se você estivesse encarcerado junto com a forte e ousada Sophia Scholl. Você passa a ser seu companheiro de cela e sente todo o medo e as dúvidas que surgem na sua mente. Será que foi tudo em vão? Deveria ela abandonar sua fé na liberdade e salvar sua vida? Nessa situação angustiante, você espera durante toda a trama que algum herói ou alguém interceda por ela e pelos outros jovens que só queriam a liberdade e o respeito a todos as pessoas. É nesse ponto que você se lembra de que aquilo é uma história real, ocorrida recentemente, há 66 anos, e que a vida real não é tão justa e piedosa como a ficção.

2 comentários:

Anônimo disse...

que legal, eu adoro filmes que "contam histórias" literalmente.

eu não assiste a esse, mas é certo que eu vou gostar.

blogs de cinema t-u-d-o.


+*

Hique disse...

assisti e gostei

cansativo, mas prende a atenção pela tensão...