quinta-feira, 9 de outubro de 2008

LIVRO: A Menina que Roubava Livros

     
Nome original: Book Thief
Autor: Markus Zusak




     Mais uma vez encontro um livro onde a história de passa na Alemanha Nazista, mas por incrível que pareça: a menina não era judia. Me pergunto quantas obras não existiriam se não fosse a Segunda Guerra. A história, narrada o livro todo pela Morte, é sobre Liesel Meminger que logo no início é adotada por Hans e Rosa Huberman. Outro clichê esperado não ocorre: não, eles não a maltratam. O livro se passa em quatro anos da vida da garota na cidadezinha de Molching. Durante esse tempo, vivenciamos seu dia-a-dia na juventude Hitlerista, na escola, na rua com os amigos e também no porão da casa com um amigo judeu. No meio disso tudo entra o tema principal: como as palavras são poderosas e podem salvar vidas. E também destruí-las (como Hitler, que tanto sabia usá-las). O que mais chama a atenção é como o autor escreveu com tanta inteligência e originalidade. Jogos de palavras, sarcasmo, humor e diálogo da Morte (a narradora) com o leitor são fantásticos. Dessa experiência posso me lembras de um defeito (que ocasionará outro): algumas partes são descartáveis. As tentativas de injetar mais drama ou sensibilidade na história fizeram-na enfadonha em alguns capítulos e conseqüência disso foi o número excessivo de páginas. Resumindo: é um best-seller espetacular sobre morte, palavras, Hitler, judeus, cotidiano, infância, vida e seres-humanos.

Um comentário:

Estêvão dos Anjos disse...

o principal elemento desse romance é sua forma, o autor escreve de forma fragmentada e foge dos cliches de ultimamente