terça-feira, 27 de julho de 2010

Ilha do Medo

     
Nome original: Shutter Island
Direção: Martin Scorsese
Elenco:Leonardo DiCaprio, Mark Ruffalo, Ben Kingsley, Emily Mortimer
Gênero: Suspense
Ano: 2010
 

      Julgar um livro pela capa é tão idiota quanto julgar um filme pelo nome. Essa foi minha conclusão ao terminar de ver esse suspense de Martin Scorsese. Tal afirmação deve-se ao fato de que tenho esse filme há um bom tempo, mas simplesmente o ignorei achando que era um suspense trash. Com isso também percebi outra coisa: estou totalmente desatualizado em relação ao mundo da sétima arte. Nem ao menos sabia que Leonardo DiCaprio e Mark Rufallo interpretavam os papéis principais.

      No ano de 1954 o agente Teddy Daniels investiga o desaparecimento de uma paciente do Shutter Island Ashecliffe Hospital, localizado numa ilha em Boston e que recebe doentes mentais perigosos. Em meio à atmosfera sinistra do local, juntamente com seu parceiro Chuck, tem suspeitas de que experimentos psiquiátricos secretos são feitos nos pacientes. Tentando obter provas relacionadas aos mistérios da ilha, enfrenta a resistência do médicos e o caos gerado quando todos os pacientes ficam soltos após um furação atingir a ilha.
      Logo na primeira cena, quando os dois policiais federais estão cheganda à ilha numa balsa, percebe-se todo o clima macabro da ilha graças à magnífica trilha-sonora. A sinfonia presente nessa primeira cena e em muitas outras (Krysztof Penderecki - Symphony No. 3 - IV. Passacaglia - Allegro moderato) simplesmente envolve o espectador que fica em estado de suspense durante as mais de duas horas de duração do filme e chega a ser tão marcante quanto o famoso tema de "Psicose". Toda a música restante também é impactante.


      O cenário do filme é exatamente o que esperamos de um manicômio-isolado-sinistro-perigoso. A Ala C (onde estão os pacientes mais perigosos) é uma das locações mais sinistras que já vi em filmes. Todo o clima pesado que esperava sentir foi brilhantemente montado.
      Leonardo DiCaprio, apesar de não ser um ator muito admirado, fez um bom trabalho como o desequilibrado e traumatizado agente e Mark Rufallo fez ainda melhor como seu calmo e prudente parceiro.
      Infelizmente, como meu objetivo aqui não é oferecer spoilers do filme, não irei detalhar mais sobre a trama. Quando assisti-lo, entenderá porque não prolonguei a análise do filme aqui. O que posso dizer é que essa obra me surpreendeu bastante tanto pelo roteiro genial quanto pela bela produção, algo que há muito tempo não via em filmes do gênero.


 
Conceito: Muito Bom